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Fim da dentadura? Cientistas criam medicamento que faz dentes voltarem a crescer

Ciência e Tecnologia 30/06/2024/ 08:26:26
Fim da dentadura? Cientistas criam medicamento que faz dentes voltarem a crescer Foto / Reprodução: Freepik

Publicado por Rádio Sideral

Um avanço científico promete revolucionar a saúde dental e talvez até deixar alguns especialistas sem trabalho, com um medicamento experimental que faz os dentes crescerem novamente. Durante toda a vida, crescemos sob a necessidade de cuidar muito da nossa saúde bucal, principalmente ao chegar à idade adulta, já que na infância não importa tanto o que acontece com os chamados dentes de leite, que são perdidos ao crescer para dar lugar a novos, mais resistentes e “definitivos”.

Mas ao se tornar idoso, é natural perder os dentes. No entanto, isso pode estar prestes a se tornar coisa do passado graças a um revolucionário projeto científico que se concentra na regeneração e crescimento de novos dentes, exatamente como quando éramos crianças, o que abriria um novo mundo de possibilidades para pessoas idosas que dependem de dentaduras postiças.

Normalmente, os ossos têm a capacidade de curar e regenerar-se após uma fratura, mas os dentes não. Isso levou milhões de pessoas em todo o mundo a sofrer de uma condição conhecida em termos médicos como edentulismo, a falta de dentes. No entanto, uma equipe de pesquisadores japoneses está desenvolvendo um medicamento que pode tornar realidade o sonho de regenerar os dentes.

Pesquisadores da Universidade de Kyoto, no Japão, vão começar a testar em humanos um novo medicamento que faz os dentes voltarem a crescer. O remédio apresentou bons resultados em roedores e, se funcionar nos voluntários, pode começar a ser comercializado em 2030.

Os cientistas conseguiram encontrar uma fórmula que suprime os efeitos do gene USAG-1, que inibe o crescimento dos dentes ao se ligar a um fator de crescimento chamado BMP.

A primeira fase do ensaio será realizada no Hospital de Kyoto, no Japão, e deve demorar 11 meses. Para a pesquisa, foram selecionados homens adultos saudáveis que têm pelo menos um dente faltando.

Além da questão estética, esses pacientes enfrentam dificuldades para comer e até desenvolver adequadamente os maxilares. Muitas vezes dependem de dentaduras ou implantes quando adultos.

Se o ensaio for bem-sucedido, os pesquisadores planejam começar a administrar o medicamento a crianças que sofrem de agenesia dentária, uma anomalia na qual os dentes permanentes não aparecem. A intenção é começar por pacientes de cerca de sete anos, que já tenham perdido pelo menos quatro dentes de leite, sem que os permanentes tenham surgido.

Caso os resultados positivos obtidos com animais se repliquem nos humanos, os pesquisadores dizem que o medicamento poderá estar disponível dentro de seis anos e poderá ser utilizado para regenerar dentes em pacientes com deficiências congénitas, bem como naqueles que perderam dentes devido a lesões ou cáries.


Com informações do Olhar Digital e O Globo

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