Someiros do Órgão Arp Schinitger, da Catedral de Mariana, serão restaurados na Espanha
Foto / Duvulgação: Prefeitura de MarianaPublicado por Rádio Sideral A restauração do Órgão Arp Schnitger da Catedral da Sé, em Mariana, considerado um dos mais importantes instrumentos históricos do Brasil, segue em andamento. Como parte do processo, os someiros, suportes dos tubos do órgão (caixas que armazenam e distribuem para os tubos o ar produzido pelos foles do órgão musical), foram enviados na última sexta-feira (14/03) para Cuenca, na Espanha, onde passarão por recuperação em uma oficina especializada. Construído entre 1700 e 1710 na Alemanha, e presente, desde 1753, na Catedral Basílica Nossa Senhora da Assunção, de Mariana. Monumental, de grande beleza artística e instalado, desde o início, em pequena “varanda” interna projetada por Manuel Francisco Lisboa, pai de Aleijadinho, o instrumento é o único do seu tipo – e quilate, por se tratar de uma joia rara acústica – fora da Europa. Há quase uma década, devido à restauração da catedral e depois à pandemia, o Arp Schnitger está mudo, longe das cerimônias litúrgicas e apresentações artísticas. A recuperação se torna necessária devido ao ataque de cupins nos dois someiros. Foi feita a descupinização, mas se tornam necessários reparos por especialista.
Someiros do Órgão Arp Schinitger
O investimento na obra é de R$/ 1,2 milhão, financiado pelo Fundo do Patrimônio Cultural da Prefeitura de Mariana, com apoio do Conselho Municipal do Patrimônio Cultural; a Secretaria Municipal de Cultura, Patrimônio Histórico, Turismo e Lazer; o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional; Arquidiocese de Mariana e a Paróquia Nossa Senhora da Assunção de Mariana.
A previsão é que os componentes retornem ao Brasil até o final de 2025, quando o instrumento deverá ser reinaugurado, coincidindo com as comemorações dos 280 anos da Arquidiocese de Mariana.
É grande a expectativa dos fiéis, da comunidade marianense e dos turistas para que, em breve, o Órgão Arp Schnitger possa voltar a soar novamente nas liturgias e nos concertos de músicas sacras do século XVIII.
